20 de mar. de 2009

Filhos da morte Burra





venho hoje expor um poema que encontrei por acaso... mas que não por acaso me apaixonei...
contemplem:



OS FILHOS DA MORTE BURRA
Edu Planchêz


Jovens sem nenhuma utopia
caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas sem nenhuma luz,
sem nenhuma luz de Fernando Pessoa;
fechados nas sexuais telas da impotência
se masturbam contemplando corpos em decomposição




Norte de minha Fé,
onde estavam o beija-flor e o arco-íris na hora do nascimento dessas criaturas? Eu entrando na virtuosa idade e eles entrando em idade nenhuma
Quantos raios de flor restam nos corredores dos céus de vossas bocas?
Quais nascentes clamam por seus nomes?



Os filhos da morte burra cheiram o branco pó da anemia,
esqueceram que um dia tocaram na poesia da transgressão
em pleno ventre de suas esquecidas mães;
esqueceram de colar o ouvido ao chão
para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas



Os filhos da morte burra,
jamais levantam uma folha para contemplarem o labor dos insetos;
jamais ergueram uma taça de orvalho brindando a vigorosa lua;




Os filhos da morte burra,
desconhecem ou nunca ouviram falar em iluminação;
abrem a boca apenas para vomitar










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